sábado, 16 de outubro de 2010

Compadre, tu estás fazendo a tua parte, cabe agora, a porra de o acaso ser generoso conosco!


SOLILÓQUIOS TRÁGICOS

Amo enquanto amo sem encontrar uma fronteira ou um ponto eqüidistante para limitar o Amor; por isso vivo a vida como uma simultaneidade que nunca deixou de ser, ardentemente, generosa comigo.

Minha posição diante do Belo é de extrema admiração, pois o que me encanta é a força do poder do signo traçado e representado no meu imaginário. Aprecio muitíssimo a Alma forte livre dos preconceitos.

Encaro sempre o olhar dos outros e tento identificar o meu nos deles, pois ainda sou um narcisista até o ponto de adotar bons livros para espelhar-me. Mas quem não usa artifício para falar do ser?

Andar na contramão também é uma forma de Vida. Deixar reinar os instintos é encarar a vida com a vontade de um Leão e adquirir vitalidade para suportar os espíritos decadentes!

Do desejo de aceitação do Outro há uma seta sinalando que o encontro pode ocorrer em muitas posições.

O ato não quer demasia, mas o sereno bailar que a Vida conspira para o viajante que ama...

Dos respingos dos olhares cria-se um páthos de que o presente se faz dádiva e pede intensidade!

O contentamento do bom encontro é uma forma de entender, que o momento feliz é intenso, mas passageiro...

Aproveitar bem o momento feliz é uma resposta de quem ama, nudamente, e valoriza o encontro como momento mais importante de sua vida!

Recordar é recriar um novo espaço, baseado nos ditames do Acaso, pois somente através dele quando, então, percebemos que em cada encontro tudo é diferente e que nos tornamos novos admiradores: um do outro.

O gosto intenso pela vida pode nos proporcionar a alegria de ver o jardim florido dos corações enamorados...sem olvidar que cada coração pode carregar o doce sentido da existência por meio do artifício do amor.

A arte do intenso viver é a presença do encontro de corpos que se amam, sem nenhum julgamento do antes ou de um possível depois; mas que se maravilham com o pulsar do instante.

Na hermenêutica do olhar não é suficiente só decodificar alguns signos, mas significar alguma coisa para quem o observa; e aventurar a cada dia um novo encontro.

No jogo aberto do amor não há vencedor e muito menos perdedor, pois neste jogo não existe oposição dualista do Bem e do Mal, mas tão só a diferença que atrai.

Viva a Vida! Viva a nossa amizade! Do eterno amante da filosofia e mensageiro do poeta Zaratustra no Acre. Amém!

Guilherme da Silva Cunha

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