quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MULHERES VÍTIMAS DO AMOR


Balzaquianas bem de vida são exploradas por homens mais jovens que apenas querem dinheiro e conforto em troca de sexo

“Baby, dê-me seu dinheiro que eu quero viver”. A música de Zé Ramalho, - um expoente da MPB em áureos tempos e que viveu como garoto de programa antes de se tornar famoso - nunca foi tão atual como agora. Pelo menos para algumas mulheres.
Não são poucas as acreanas que estão sendo vítimas de suas próprias fraquezas. Geralmente separadas, classe média alta e ainda com algum resquício de beleza por estarem com o corpo bem cuidado, elas sofrem com a falta de um parceiro fruto de uma relação amorosa normal.
O resultado é que acabam se envolvendo com amantes mais jovens e - via de regra - desempregados ou interessados apenas em tirar proveito da situação. Em Rio Branco os casos já aparecem a olhos vistos.
Nenhuma delas gosta de se identificar devido ao trauma com as experiências nada alvissareiras. Muitas, inclusive, depois que passam pela relação vexatória até se envergonham. Outras se acostumam e pagam pelo sexo.
NA JUSTIÇA - Na própria vara da família são registrados pedidos de pensão ou bens feitos por esses homens. O caso de um formando de direito é exemplar: depois de ter a faculdade paga pela parceira, ele não se contentou e ainda exige na justiça o direito a parte dos bens registrados em nome dela.
R$ 30 MIL - s casos que estão ocorrendo são os mais esdrúxulos. E os homens parecem que perderam a vergonha na cara. Definitivamente. Um deles conseguiu arrancar R$ 30 mil de uma parceira, alta servidora pública do setor judiciário. Isso depois de ter feito com que ela investisse em empreendimentos sempre falidos.
PELO SEXO - Uma professora da Universidade Federal do Acre (Ufac) também tem gasto um bom dinheiro com seus parceiros mais jovens. E não foi feliz com nenhum deles. Fica um vazio no coração e na conta corrente. Ela deduz. Mas continua bancando homens em troca de sexo.
As vítimas nem sempre são mulheres bem sucedidas que possuem casa própria, filhos adolescentes e que vivem da sinecura de um emprego rendoso. Mulheres de classe média baixa também são visadas por esses espertalhões.
MESADA - Uma técnica de enfermagem que trabalha em um hospital particular da cidade, quando vai receber seu salário no final do mês, está sempre acompanhada do jovem namorado que se sente no direito a uma “mesada”.
AUTOMÓVEL - O caso de uma comerciante também não passou despercebido. Ela desfilava com o amante pelos bares da cidade, a quem chegou mesmo a presentear com um automóvel, até flagrá-lo com outra. A relação desmoronou. Mas ele não devolveu nada do que tirou dela. Nem mesmo o carro.
EXIGENTE - Não fica atrás uma servidora de um importante órgão da justiça que, para manter o namorado estabeleceu uma programação de eventos. Ou seja, o dito cujo somente se digna a acompanhar a cara metade se a cada saída, a empreitada for um espetáculo musical, um jantar, um passeio ou alguma atividade diferenciada. Ela se sujeita a esse tipo de agenda. E banca.
FAXINEIRA – R., de 48 anos, mora de aluguel e trabalha numa empresa há vários anos no serviço geral. Ela procura homens pela internete, mas não tem tido sorte. O último que arranjou arrancou-lhe R$ 200,00, dinheiro que representa 25% de seu salário. Ainda assim não abre mão de homens mais jovens.
Todos elas, no entanto, tem algo em comum: nenhuma conquistou ainda a felicidade com esse tipo de homem, pelo contrário, a maioria quebrou a cara.
Segundo um magistrado a justiça ainda não conta com uma estatística e não pode apontar se é significativa a quantidade de homens que exigem bens e pensões de mulheres, mas o que antes não existia, agora não passa despercebido.
“Depois que as mulheres conquistaram os mesmos direitos dos homens, muitos, espertamente, procuram uma isonomia e a lei dar esse tipo de brecha para quem quer se aproveitar de uma mulher carente”, diz o advogado Ednei Muniz.
Mas nem todo mundo pensa assim. “Não se faz mais homens como antigamente”, afirma o aposentado Cláudio Castro. “No meu tempo o cabra tinha que sustentar a mulher, agora tá tudo virado”, completa.
O certo é que o desejo de felicidade é o que gera essa fraqueza nas pessoas. Mas não custa nada homens e mulheres cuidarem para alimentar a prostituição, seja a tradicional, seja essa nova variedade que ganha fôlego no seio da sociedade.
Que homens e mulheres arranjem um jeito digno de serem felizes.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

PRESTANDO CONTAS DO MANDATO



Geraldinho Mesquita (*)

Não poderia concluir meu mandato sem dirigir-me ao povo da minha terra para agradecer e apresentar, sumariamente, uma prestação de contas.
Em 2002, por decisão de boa parte dos acreanos, fui eleito senador. Meu pai, o Professor Geraldo Mesquita, já havia tido essa honra em 1970. Quero, aqui, agradecer por mim e por ele, que faleceu recentemente plenamente apaixonado pelo Acre.
Quero falar um pouco do que foi o meu mandato. Meu espírito independente e meu senso de justiça me levaram a divergir de alguns líderes da Frente Popular do Acre, que levaram essa importante organização política a se afastar dos rumos imaginados no seu nascedouro. Por conta disso, fui alvo de retaliações e de intensa campanha que visou a minha desmoralização pública. Os seus autores não conseguiram o intento, porque não me intimidei e lutei com todas as minhas forças para provar a minha inteireza moral.
No plano federal, apoiei de forma crítica o governo Lula, discordando, apenas, de suas proposições impopulares, a exemplo do pedido de prorrogação da CPMF. Me bati, igualmente, contra os desvios éticos e morais do atual governo, que o marcaram.
Em razão desta minha postura, o governo federal bloqueou sistematicamente a liberação das emendas por mim indicadas ao Orçamento Geral da União, que sempre tiveram o propósito de beneficiar os nossos municípios e o próprio estado como um todo. Para que todos saibam, dos R$47.500.000,00 que me couberam indicar até 2010, apenas R$10.543.549,00 foram liberados, R$12.506.000,00 sequer foram empenhados, R$10.961.000,00 encontram-se inscritos em restos a pagar, com mínima chance de serem liberados e R$13.489.451,00 estão empenhados, aguardando liberação.
Revelo estes fatos para mostrar a postura antidemocrática do atual governo para com parlamentares independentes. No exercício da intolerância e na tentativa de me atingir, o governo não vacilou em prejudicar o nosso estado, tão carente de recursos financeiros.
Do ponto de vista da atuação parlamentar, orgulho-me de ter produzido e distribuído gratuitamente mais de 350 mil livros em todo o Acre, com o propósito de contribuir para que os acreanos tenham, cada vez mais, conhecimento dos fundamentos da política, da nossa história e da rica literatura brasileira.
Fui membro suplente da Mesa Diretora do Senado; atuei nas principais comissões; atualmente sou vice-presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional; sou membro efetivo do Parlamento do MERCOSUL e já presidi a Representação Brasileira naquele organismo regional; integrei importantes missões parlamentares internacionais e sempre pautei a minha atuação na defesa da democracia, na busca da justiça social e no combate aos desvios éticos e morais na vida pública.
Não por coincidência, tenho sido escolhido pelo DIAP, nos últimos anos, como um dos parlamentares mais influentes do Congresso Nacional, indicação que tenho recebido com humildade, mas que traduz reconhecimento à minha atuação. Conforta-me, também, o respeito e a consideração de que tenho sido alvo dentro e fora do senado.
Recolho-me, agora, à vida privada, com o sentimento do dever cumprido, mantendo o compromisso de continuar lutando, como cidadão, pelo aperfeiçoamento da democracia no nosso país, pela diminuição do fosso que separa ricos e pobres e pela felicidade cada vez maior dos acreanos e de todos os brasileiros.
Aproveito a oportunidade para desejar a todas as famílias acreanas um feliz Natal e que o Ano Novo seja bem melhor do que o que se encerra.

Atenciosamente,

*Geraldo Mesquita Junior. É senador acreano.



quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Coisas que todo acriano tem que saber

Borracha no Acre
ECONOMIA

- Por causa da crescente demanda internacional por borracha, a partir da segunda metade do século XIX, em 1877, os seringalistas com a ajuda financeira das Casas Aviadoras de Manaus e Belém, fizeram um grande recrutamento de nordestinos para a extração da borracha nos Vales do Juruá e Purus.

- De 1877 até 1911, houve um aumento considerável na produção da borracha que, devido às primitivas técnicas de extração empregada, estava associado ao aumento do emprego de mão-de-obra.

- O Acre chegou a ser o 3° maior contribuinte tributário da União. A borracha chegou a representar 25% da exportação do Brasil.

- Como o emprego da mão-de-obra foi direcionado à extração do látex, houve escassez de gêneros agrícolas, que passaram a ser fornecidos pelas Casas Aviadoras.

Sistema de Aviamento

- Cadeia de fornecimento de mercadorias a crédito, cujo objetivo era a exportação da borracha para a Europa e EUA. No 1° Surto, não sofreu regulamentações por parte do governo federal. AVIAR= fornecer mercadoria a alguém em troca de outro produto.

- O Escambo era usual nas relações de troca - as negociações eram efetuadas, em sua maioria, sem a intermediação do dinheiro.

- Era baseado no endividamento prévio e contínuo do seringueiro com o patrão, a começar pelo fornecimento das passagens.

- Antes mesmo de produzir a borracha, o patrão lhe fornecia todo o material logístico necessários à produção da borracha e à sobrevivência do seringueiro. Portanto, já começava a trabalhar endividado. Nessas condições, era quase impossível o seringueiro se libertar do patrão.

"O sertanejo emigrante realiza ali, uma anomalia, sobre a qual nunca é demasiado insistir: é o homem que trabalha para escravizar-se". Euclides da Cunha.

SOCIEDADE

(Seringalista x Seringueiro)

Seringal: unidade produtiva de borracha. Local onde se travavam as relações sociais de produção.

Barracão: sede administrativa e comercial do seringal. Era onde o seringalista morava.

Colocação: era a área do seringal onde a borracha era produzida. Nesta área, localizava a casa do seringueiro e as "estradas" de seringa. Um seringal possuía várias colocações.

Varadouro: pequenas estradas que ligam o barracão às colocações; as colocações entre si; um seringal a outro e os seringais às sedes municipais. Através desses trechos passavam os comboios que deixavam mercadorias para os seringueiros e traziam pélas de borracha para o barracão.

Gaiola: navio que transportava nordestino de Belém ou de Manaus aos seringais acreanos.

Brabo: Novato no seringal que necessitava aprender as técnicas de corte e se aclimatar à vida amazônica.

Seringalista (coronel de barranco): dono do seringal recebia financiamento das Casas Aviadoras.

Seringueiro: O produtor direto da borracha, quem extraia o látex da seringueira e formavam as pélas de borracha.

Gerente: "braço-direito" do seringalista, inspecionava todas as atividades do seringal.

Guarda-livros: responsável por toda a escrituração no barracão, ou seja, registrava tudo o que entrava e saía.

Caixeiro: Coordenava os armazéns de viveres e dos depósitos de borracha.

Comboieiros: responsáveis de levar as mercadorias para os seringueiros e trazer a borracha ao seringalista.

Mateiro: identificava as áreas da floresta que continha o maior número de seringueiras.

Toqueiro: Abriam as "estradas".

Caçadores: abastecia o seringalista com carne de caça.

Meeiro: seringueiro que trabalhava para outro seringueiro, não se vinculando ao seringalista.

Regatão: negociantes fluviais que vendiam mercadorias aos seringueiros a um preço mais baixo que os do barracão.

Adjunto: Ajuda mútua entre os seringueiros no processo produtivo.

- Havia alta taxa de mortalidade no seringal: doenças, picadas de cobra e parca alimentação.

- Os seringueiros eram, em sua maioria, analfabetos;

- Predominância esmagadora do sexo masculino.

- A agricultura era proibida, o seringueiro não podia dispensar tempo em outra atividade que não fosse o corte da seringa. Era obrigado a comprar do barracão.

CRISE (1913)

- Em 1876, sementes de seringa foram colhidas da Amazônia e levadas a Inglaterra por Henry Wichham.

- As sementes foram tratadas e plantadas na Malásia, colônia inglesa.

- A produção na Malásia foi organizada de forma racional, empregando modernas técnicas, possibilitando um aumento produtivo com custos baixos.

- A borracha inglesa chegava ao mercado internacional a um preço mais baixo do que a produzida no Acre. A empresa gumífera brasileira não resistiu à concorrência Inglesa.

- Em 1913, a borracha cultivada no Oriente (48.000 toneladas) superava a produção amazônica (39.560t). Era o fim do monopólio brasileiro da borracha.

- Com a crise da borracha amazônica, surgiu no Acre uma economia baseada na produção de vários produtos agrícolas como mandioca, arroz, feijão e milho.

- Castanha, madeira e o óleo de copaíba passaram a ser os produtos mais exportados da região.

- As normas rígidas do Barracão se tornaram mais flexíveis. O seringueiro passou a plantar e a negociar livremente com o regatão.

- Vários seringais foram fechados e muitos seringueiros tiveram a chance de voltar para o nordeste.

- Houve uma estagnação demográfica;

- Em muitos seringais, houve um regresso à economia de subsistência.

CONSEQÜÊNCIAS

- Povoamento da Amazônia.

- Genocídio indígena provocado pelas "correrias", ou seja, expedições com o objetivo de expulsar os nativos de suas terras.

- Povoamento do Acre pelos nordestinos;

- Morte de centenas de nordestinos, vítimas dos males do "inferno verde".

- Revolução Acreana e a consequente anexação do Acre ao Brasil (1889-1903);

- Desenvolvimento econômico das cidades de Manaus e Belém;

- Desenvolvimento dos transportes fluviais na região amazônica;

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

poemas para gente apaixonada

Ao beijar a minha testa


Ficastes com a minha estrela

Em tua boca

E tendo a minha estrela

Em tua boca

Tu tens a mim

E quando tu tens a mim

Eu tenho a ti

E tu tendo a mim e eu a ti

Nós nos temos

E quando temos um ao outro

SOMOS MÚTUOS E FORTES

UNOS E GRANDES

HOMEM E MULHER.

***

Te amo tão profundamente


Que o amor transborda

Incessantemente

Inundando o coração.

É um amor tão louco

Que não se compara

Nem ao céu

Nem ao oceano

E o universo

É pouco.

Te amo tão completamente

Que caso amor e perfeição

E tudo

Tudo pulsa

Numa só pulsação.